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Conheça as etapas que levaram à certificação do A320neo para operar no Santos Dumont e em Congonha

 

A Azul anunciou, em comunicado, que está a concluir com sucesso as primeiras semanas de operações com o A320neo em Congonhas, em São Paulo, e no Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

Durante cerca de um ano a Azul juntamente com a ANAC Brasil tratou de todos os procedimentos legais.

Saiba quais foram essas etapas aqui.

Os primeiros A320neo, incorporados na frota da Azul, não eram equipados com o SHARP (Short Airfield Package), que conta com adaptações aerodinâmicas que permitem, com segurança, o aterragem e a descolagem em pistas curtas. No fim de 2017, a Azul adquiriu as primeiras aeronaves com esse pacote, visando essa operação.

SHARP- Short Airfield Package:

 

Este pacote  SHARP inclui uma modificação do painel composto Kevlar para o “Fairing Fillet Fairing” da asa, para permitir o melhor desempenho na aterragem e geradores de vórtices ligados ao plano vertical da cauda que melhoram o desempenho na descolagem.

O “Fairing Fillet Fairing” modifica o perfil da asa, permitindo uma maior sustentação em velocidades baixas.Além disso os A320neo estão também equipados com a tecnologia comprovada da ROPS com as funcionalidades aprimoradas da Vigilância de Aterragem. Este sistema oferece um conjunto abrangente de segurança de pista projetado para aumentar significativamente a segurança na aterragem.

Airbus and NAVBLUE : ROPS & Landing Surveillance

Airbus and NAVBLUE : ROPS & Landing SurveillanceCombinando a tecnologia comprovada da ROPS com as funcionalidades aprimoradas da Vigilância de Aterragem, a AIRBUS e a NAVBLUE oferecem um conjunto abrangente de segurança de pista projetado para aumentar significativamente a segurança na aterragem.

Publicado por Kiosque da Aviação em Sábado, 27 de abril de 2019

 

No vídeo abaixo é possível verificar o sistema a solicitar – “maximum brakes”

 

De referir que os A320neo também podem ser equipados com um pacote similar; o LIP.

O LIP inclui modificações como espessura mais larga próximo ao bordo de ataque dos slats, colocação de strake na parte externa do motor, extensão do bordo de fuga nas posições 1 e 2 do spoiler.

No segundo semestre do ano passado, as Equipas de Operações e Aeronavegabilidade iniciaram os procedimentos junto à Anac para certificar o A320neo para operar nos dois aeroportos. No período, a Azul recebeu orientações, construiu os seus manuais de treino e operação nos aeroportos seguindo as regras estabelecidas e realizou diversos procedimentos de aterragem e descolagem nos aeroportos num simulador. Foram quatro fases até a finalização e aprovação da operação pela Agência reguladora.

Na primeira etapa, a Azul recebeu as orientações da Anac sobre os procedimentos que serviriam de base neste projeto. Depois, a companhia protocolou os seus manuais e aguardou a análise do material. Após alguns ajustes, a Azul alcançou a quarta etapa, que consiste no acompanhamento de um voo de simulador pelos inspetores da ANAC que geralmente acontece na UniAzul, em Campinas.

Porém, em virtude da pandemia, a equipa de Operações montou uma estrutura de câmaras e fez uma transmissão em directo para que os inspectores pudessem acompanhar remotamente a performance dos pilotos. Essas sessões de simulador contemplaram inúmeras manobras de rejeição de descolagem, operação com pista seca, molhada e perda de motor na aproximação para aterragens e “borregos”, avaliando as reacções e atitudes esperadas pelos pilotos.

Depois destes testes, a Azul recebeu, na última sexta, a aprovação completa da Anac, certificando o avião da empresa para operar nos dois aeroportos.