O Grupo SATA solicitou um auxílio de Estado no montante de 163 milhões de euros, dada a difícil situação financeira em que Grupo empresarial se encontra.
Face à paragem quase total da atividade, foram implementadas todas as medidas possíveis ao dispor da gestão, num cenário em que a
preservação da empregabilidade era fundamental. As medidas implementadas no Grupo SATA são, contudo, insuficientes para colmatar as necessidades de tesouraria que o Grupo enfrenta, sendo necessária uma intervenção pública por parte do Governo da República.
Nesse contexto, foi solicitada a concessão de um apoio no montante de cerca de 163 milhões de euros, destinado a prover as necessidades de liquidez até ao final do corrente ano.
Este valor pode ser reavaliado em função da evolução do surto de COVID-19 e de eventuais exigências ao Plano de Desenvolvimento.
De recordar que, a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas dos Açores revelou que o plano de reestruturação da companhia aérea SATA já está concluído, mas disse que os pormenores só deverão ser divulgados pela administração da empresa.
“Feito o pedido de auxílio de emergência, a empresa tem seis meses para apresentar o plano de reestruturação, no entanto, daquilo que temos acompanhado provavelmente será apresentado bastante mais cedo, até porque foi esse o compromisso do conselho de administração da SATA, mas mais pormenores a SATA terá de os dar”, avançou.
Questionada sobre se o plano de reestruturação da companhia aérea pública já estava concluído, a governante respondeu apenas “sim”, sem se alongar em mais detalhes.
O novo conselho de administração da transportadora açoriana, que tomou posse em janeiro, comprometeu-se a apresentar um plano estratégico e de negócios até ao final do primeiro trimestre do ano, mas a pandemia da covid-19 obrigou a uma reavaliação do documento.
No plenário de junho, na Assembleia Legislativa dos Açores, Ana Cunha disse que o documento deveria ser apresentado ao acionista único da empresa, o Governo Regional, até ao final desse mês.
No fim de junho a companhia aérea confirmou que tinha solicitado um pedido de auxílio de Estado, no quadro das ajudas extraordinárias previstas pela Comissão Europeia, mas considerou “prematuro adiantar cenários”.
A secretária regional dos Transportes e Obras Públicas também não quis revelar detalhes, alegando que isso competia à administração da empresa.
“O pedido já seguiu. O próprio ministro das Infraestruturas e Habitação já deu nota de que tinha recebido a carta do auxílio de emergência. Mais pormenores serão certamente revelados num curto espaço de tempo pela SATA”, apontou.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) estima que em 2020, o sector da aviação deverá sofrer uma perda de 3 mil milhões de dólares.