Últimas Notícias:
×

Pilotos do INEM avisam que helicópteros podem parar


 

Uma notícia da SIC dá conta que os pilotos do INEM acusam a multinacional para a qual trabalham de não cumprir a lei e garantem que a empresa não paga os créditos laborais há vários anos.

Os pilotos avisam ainda que os helicópteros podem vir a parar nas próximas semanas, uma vez que trabalham há 15 anos sem receber o que a lei determina, afirma o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).

“Têm créditos laborais de subsídios de férias, de Natal, de voos feitos em férias, de horas extras, que a ACT ordenou a companhia a pagar até o dia 8 de agosto de 2023. A empresa simplesmente ignorou” , diz o presidente do SPAC, Tiago Faria Lopes.

Na entrevista Hilário Margarido indica que chegou há ano e meio à Avincis, a multinacional que detém o contrato com o INEM há cinco anos. Garante que é comum trabalhar mais de 15 horas por dia e até hoje nunca recebeu qualquer pagamento de horas extra.

“Estamos quase no limite”

A fadiga pode colocar em causa a segurança dos pilotos e daqueles que são transportados nos helicópteros de emergência médica.

Os profissionais criticam ainda a empresa por não reconhecer como trabalho as deslocações dos pilotos para as quatro bases operacionais: Viseu, Macedo de Cavaleiros, Évora e Loulé. Falam mesmo em discriminação.

“Esta empresa tem operações de helicóptero do mesmo género em Espanha e em Itália, onde os pilotos tem acordo com as empresas”, diz o presidente do SPAC.

Revoltados com os alegados incumprimentos da empresa, os pilotos avisam que os quatro helicópteros do INEM podem ficar em terra já nas próximas semanas, por falta de pilotos com horas de voos disponíveis, comprometendo o serviço de emergência médica.

“Estamos quase no limite”, admite Hilário Margarido.

À Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), já chegaram várias denúncias. E a organização instaurou uma contraordenação por alegado incumprimento dos períodos de repouso dos pilotos nos últimos três anos.