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Ryanair anuncia 14 novas rotas, perde dinheiro em Ponta Delgada e pode retirar avião da Madeira


 

O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, anunciou hoje que a companhia vai abrir 14 novas rotas este verão, em Portugal.

A companhia vai passar a voar para Alicante, Estocolmo, Belfast, Budapeste, Cracóvia, Norwich, Marraquexe, Roma, Ibiza, Madrid, Pisa, Poznan e Tânger.

Além do anuncio das novas rotas Michael O’Leary exigiu que o Governo “abra imediatamente” o aeroporto do Montijo “para acabar com o monopólio das taxas altas da ANA em Lisboa para sempre”.

“Estamos encantados em anunciar a maior programação para o verão de 2024 em Portugal, onde continuamos a crescer e abrimos 14 novas rotas. A maior programação de verão de 2024 da Ryanair permitirá que a companhia aérea aumente o tráfego português em 22% em 2024.

“Infelizmente, no entanto, taxas mais altas do monopólio da ANA estão a forçar companhias aéreas como a Ryanair a reduzir voos regionais de/para Portugal. É inaceitável que o Regulador Português, a ANAC, tenha concordado com aumentos de taxas de monopólio da ANA de até 17%, muito acima da inflação. Esta decisão prejudicará ainda mais o crescimento do turismo em Portugal e os empregos. Já vimos isso nas ilhas regionais de Portugal, onde a Ryanair foi forçada a fechar a sua base em Ponta Delgada e a reduzir uma de suas duas aeronaves da Madeira – uma perda de investimento de $100 milhões – devido aos aumentos excessivos de taxas da ANA. Exigimos que o Governo Português abra imediatamente o Aeroporto de Montijo para acabar com o monopólio de taxas altas da ANA em Lisboa para sempre.”

“Não precisamos de mais estudos”, insistiu mais que uma vez o presidente executivo (CEO) da companhia aérea, considerando que o “Montijo tem capacidade” para responder às necessidades do setor.

Além disso, disponibilizar o aeroporto do Montijo vai aumentar a concorrência sobre o de Lisboa, o que terá implicações nas taxas aplicadas pela ANA, defendeu.

“Alcochete não é solução”, disse, esperando que o novo Governo que resultar das eleições de 10 março resolva a situação.

Michael O’Leary recordou que a Ryanair foi “forçada” a fechar a base em Ponta Delgada, Madeira e a reduzir uma das suas duas aeronaves na Madeira, uma perda de investimento de 100 milhões de dólares devido às taxas aplicadas.

Questionado sobre se pretende reabrir a base de Ponta Delgada, o CEO da Ryanair respondeu com um contundente “não”, explicando que não pretende perder dinheiro.

De recordar que a Ryanair encerrou a sua base em Ponta Delgada a 1 de outubro do ano passado, reduzindo a sua operação para quatro voos por semana (dois para Lisboa e dois para o Porto).

Quanto a se vai manter apenas uma aeronave na Madeira, deixou o cenário em aberto que até “pode ser zero”.

No comunicado já enviado esta tarde, a Ryanair refere um total de 170 rotas operadas em Portugal. As 28 aeronaves baseadas em Portugal resultam de um investimento de 3.000 milhões de dólares, suportando 11.00 empregos, incluindo 1.000 postos de pilotos, tripulação de cabine e engenheiros.