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Administração da SATA contra privatização da Azores Airlines


 

Duarte Freitas, Secretário Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, avançou que o Governo já tem na sua posse o parecer do Conselho de Administração da SATA, recebido na quarta-feira dia 24 de abril. No entanto, não quis adiantar mais sobre o assunto e sobre o conteúdo do documento.

Sabe-se apenas que no parecer o Conselho de Administração da SATA sugere não prosseguir com o atual concurso de privatização da companhia, defendendo a sua anulação.

Os sindicatos também se opuseram à venda da transportadora do grupo SATA à Newtour/MS Aviation. O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), que representa o pessoal de terra, considerou que a Newtour/MS Aviation “não apresenta as mínimas condições para garantir a continuidade da operação da companhia”, enquanto o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que representa os tripulantes de cabine, pediu a abertura de um novo concurso público.

Os pilotos querem que SATA “chumbe” a venda da companhia aérea, mas ao governo regional caberá a decisão final sobre a privatização da Azores Airlines.

O concurso público internacional para a privatização de entre 51% e 85% da companhia aérea terminou com apenas um candidato viável, a MS Aviation GmbH e pela Newtour Azores, S.A. A proposta do consórcio recebeu uma notação de 46,69 pontos em 100 do júri, uma avaliação de “suficiente”, tendo em conta que a nota positiva começa em 25. O júri, encabeçado pelo economista Augusto Mateus, avisou na altura para a falta de “força financeira” do consórcio para garantir a execução do caderno de encargos e a sustentabilidade da companhia aérea.

O grupo Newtour é dono das agências de viagens Bestravel e Picos de Aventura, do operador Soltrópico e outras marcas ligadas ao turismo. Em junho, comprou a companhia de aviação austríaca MS Aviation, em conjunto com a angolana Bestfly. O consórcio ofereceu 6,6 euros para adquirir 76% da Azores Airlines, num valor total de 5,02 milhões de euros.

A privatização da maioria do capital é uma das exigências do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia em junho de 2022, no âmbito da ajuda de 453,25 milhões de euros.
A venda terá de ser concretizada até ao final de 2025.