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Ryanair anuncia redução de 45% nos lucros trimestrais


 

A Ryanair anunciou hoje uma redução de 45% nos lucros trimestrais, passando de 663 milhões de euros para 360 milhões de euros, representando uma descida de 46%. A empresa atribuiu a queda dos lucros a “tarifas aéreas mais reduzidas do que o previsto” e ao facto de o período da Páscoa ter coincidido com o último trimestre do ano financeiro anterior.

As receitas também registaram uma descida, embora mais ligeira, de 1%, totalizando 3,63 mil milhões de euros contras os 3,65 mil milhões de euros do período homólogo.

A companhia informa que os custos operacionais, aumentaram em 11%, passando os 2,94 mil milhões de euros, no final de junho de 2023, para 3,26 mil milhões de euros.

Q1 End:

June 2023

June 2024

Change

Customers

50.4m

55.5m

+10%

Load Factor

95%

94%

-1% pt

Ave. fare

€49.07

€41.93

-15%

Revenue

€3.65bn

€3.63bn

-1%

Op. Costs

€2.94bn

€3.26bn

+11%

PAT

€663m

€360m

-46%

 

No comunicado enviado, Michael O’Leary informa que o número de passageiros transportados passou de 50,4 milhões, no final do primeiro trimestre do exercício de 2024, para 55,5 milhões no final do primeiro trimestre do exercício de 2025, representando um acréscimo de 10%, embora o load factor tenha descido um ponto percentual.

O`Leary, refere ainda, que espera transportar até 200 milhões de passageiros durante o ano fiscal em curso (mais 8%) desde que os atrasos sofridos nos últimos meses na entrega dos aviões encomendados à Boeing “não se agravem”.

A interrupção do fornecimento de aviões pelo construtor norte-americano já obrigou a Ryanair a reduzir o seu programa de voos durante a atual época de verão.

“O grupo Ryanair tinha 156 B737 Gamechangers a 30 de junho e esperamos aumentar este número para mais de 160 até ao final de julho (menos 20 do que as entregas contratadas)”, avança a companhia, referindo que “registámos uma melhoria na qualidade e frequência das entregas durante o 1.º trimestre”. Embora reconheça o “risco de as entregas da Boeing atrasarem ainda mais”, a Ryanair espera garantir a entrega “atempada” dos restantes 50 aviões da Boeing antes do verão de 2025.

A companhia indica que este verão, está a operar o nosso maior programa de sempre com mais de 200 novas rotas e cinco novas bases. A empresa prolongou o contrato de aluguer operacional, até 2028, de três A320 com a Lauda, ao mesmo tempo que continua a receber Boeing B737 até agosto e setembro, apesar de não poder programar estes aviões para os voos de pico do verão.

“Prevemos que a capacidade europeia de voos de curta distância permaneça limitada durante alguns anos, uma vez que os operadores de A320 estão a efetuar importantes reparações de motores P&W, os fabricantes debatem-se com atrasos nas entregas e a consolidação das companhias aéreas prossegue, incluindo a aquisição da ITA (Itália) pela Lufthansa, recentemente aprovada, a aquisição adiada da Air Europa (Espanha) pela IAG e a venda iminente da TAP (Portugal)”.

O responsável sublinha que: ” é demasiado cedo para fornecer uma orientação significativa para os lucros do exercício de 2025, embora esperemos poder fazê-lo nos nossos resultados do primeiro semestre, em novembro. O resultado final de 2025 continua sujeito a evitar desenvolvimentos adversos durante o exercício, especialmente devido aos conflitos contínuos na Ucrânia e no Médio Oriente, à repetida falta de pessoal e restrições de capacidade do ATC ou a novos atrasos na entrega da Boeing”.