A Alaska Airlines e a United indicaram que encontraram parafusos mal apertados no travamento da porta/painel tampão.
Num comunicado divulgado esta segunda-feira, a Alaska indica que as inspeções preliminares mostraram que “equipamento mal fixado é visível em determinadas aeronaves”.
A companhia aérea sublinhou que novas inspeções iam ser realizadas de acordo com as ordens da FAA – Administração Federal da Aviação.
Também a United Airlines, indicou ter encontrado parafusos mal apertados durante verificações nos painéis que substituem as portas de emergência dos Boeing 737 MAX 9.
“Desde que iniciamos as inspeções no sábado, fizemos descobertas que parecem estar relacionadas com problemas na instalação do painel de bloqueio das portas”.
Foto: Edward Russell
A Boeing projetou o 737 MAX 9 com uma porta extra logo após a asa, mas só necessária em aeronaves com uma densidade alta de assentos como a Lion Air, que está configurado para transportar até 221 passageiros.
De recordar que a Administração Federal de Aviação ordenou que as companhias aéreas suspendessem as operações com alguns Boeing 737 Max 9 para inspeções.
Esta medida surge depois que na noite desta sexta-feira, 5 de janeiro, o voo 1282 da Alaska Airlines, operado pelo Boeing 737 MAX-9 com a matrícula N704AL, perdeu uma tampa com janela encaixada, que substitui a porta de emergência extra, aos 16.000 pés de altitude (4.870 metros), deixando um buraco na fuselagem.
Em dezembro, a Boeing recomendou que as empresas equipadas com 737 MAX verificassem o sistema de controlo do leme, depois de uma companhia ter percebido que faltava uma porca num dos seus aviões.
Segundo a FAA, a Boeing também observou que uma porca estava mal aparafusa no mesmo local, numa aeronave que ainda não tinha sido entregue.
Este acidente volta-se a virar contra a Spirit AeroSystems, principal fornecedora da Boeing e que está sob escrutínio já há alguns anos por seguidos problemas de controle de qualidade.
