A Cathay Pacific Airways anunciou, esta terça-feira, que inspecionou toda a sua frota de Airbus A350 e encontrou 15 aviões com peças nos motores que precisavam de ser substituídas.
A inspeção aconteceu depois de, na segunda-feira, um Airbus A350-1000 ter tido uma falha no motor minutos depois de descolar.
Vale recordar que a tripulação do A350-1000, com a matrícula B-LXI, que estava a realizar o voo CX-383 entre Hong Kong (China) e Zurique (Suíça), teve de interromper a subida a 9.000 pés após receber um alerta de incêndio num motor.
Segundo as informações, a tripulação desligou o motor ativando o seu extintor e antes de regressar ao aeroporto foi realizado um fuel dumping. Tendo aterrado de forma normal 70 minutos após a descolagem.
Os passageiros acabaram por seguir viagem com um atraso de cerca de 4 horas noutra aeronave A350-1000, com a matrícula B-LXR.
Embora a falha tenha ocorrido num dos seus 18 aviões A350-1000, a Cathay Pacific disse que também inspecionou os seus 30 A350-900 como “medida de precaução”.
De acordo com a companhia aérea, durante a inspeção, foram detetados pelos menos 15 aviões com peças nos motores que precisavam de ser substituídas e por isso foram cancelados pelo menos 34 voos de ida e volta. Três dos aviões já foram reparados e a previsão é que voltem a voar até sábado.
Segundo a Reuters, ainda mais nenhuma companhia aérea recebeu instruções para examinar motores semelhantes. Contudo, a Japan Airlines (JAL), sediada em Tóquio, que tem cinco A350-1000 com menos de um ano, já afirmou que pediu mais informações à Rolls-Royce, fabricante dos motores.
Por agora, a JAL ainda não interrompeu os voos dos A350, contudo à Reuters o porta-voz da companhia aérea garantiu que “se o fabricante do motor tomar novas medidas, responderemos em conformidade”
A Cathay Pacific ainda não especificou o que aconteceu na segunda-feira, nem qual foi o problema no motor minutos depois de o avião descolar de Hong Kong, contudo a companhia área garantiu que foi a primeira “a sofrer tal falha em qualquer avião A350 em todo o mundo”.
Sobre o incidente, a Rolls-Royce já se pronunciou e garantiu estar empenhada a trabalhar com a companhia, a Airbus e as autoridades numa investigação para perceber o que aconteceu.
A Airbus também já reagiu e afirmou num comunicado que estava em contacto com a Rolls-Royce e a Cathay Pacific e que oferecia “todo o apoio técnico”.