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EASA avança na recertificação do 737 MAX e Brasil autoriza operações do modelo

 

A EASA – Agência Europeia para a Segurança da Aviação deu um novo passo para o regresso aos céus dos Boeing B737 Max.

A Boeing viu o valor das suas acções subirem 4%, assim que a  EASA afirmou que está com o “rascunho” pronto para a certificação do modelo.

A agência vai abrir durante os próximos 28 dias uma consulta para receber feedback de comunidade aeronáutica sobre as possíveis mudanças que ainda possam ser realizadas.

De referir que existem poucas diferenças entre as directrizes da FAA e a EASA, sendo uma delas “alguns tipos de aterragens de precisão”.

Outro ponto é que os modelos B737 Max da União Europeia terão que contar com um botão que “permita a intervenção na vibração do manche, de maneira que a vibração pare após ser activada de maneira errada pelo sistema, a fim de evitar distracções da tripulação”.

A vibração do manche é um recurso utilizado em praticamente todos os aviões modernos, e é normalmente activada quando a aeronave está próxima do stall.

 

A ANAC Brasil – Agência Nacional de Aviação Civil Brasileira juntou-se hoje à autoridade de aviação civil norte-americana ao autorizar a retoma das operações do modelo B737 Max no país, assim que as companhias aéreas tenham cumprido os novos requisitos definidos pela ANAC.

“Todos os dias lembramo-nos, reflectimos e dedicamo-nos em garantir que acidentes como os que levaram à decisão de suspender as operações nunca mais aconteçam”, disse David Calhoun, CEO da Boeing. “A Boeing trabalhou em estreita colaboração com a FAA e a ANAC para dar resposta às suas expectativas de retomar as operações do Boeing B737 Max com segurança no Brasil.”

Ao longo dos últimos 20 meses, a Boeing realizou mais de 4.400 horas de testes, incluindo mais de 1.350 voos. Equipas de mecânicos e engenheiros da Boeing estabeleceram processos de manutenção adequados durante o armazenamento e já estão a trabalhar para dar apoio às actividades de preparação das aeronaves para voarem novamente no Brasil.

A segurança é a principal prioridade da Boeing e a empresa continuará a trabalhar com as agências reguladoras e os nossos clientes para a retomada das operações das aeronaves globalmente.

A aprovação do novo projeto do Boeing 737 MAX 8 reuniu apenas as quatro autoridades de aviação que compõem o fórum Certification Management Team (CMT): a autoridade da União Europeia European Union Aviation Safety Agency (EASA), a canadiana Transport Canada Civil Aviation (TCCA) e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que discutiram em conjunto com a FAA quais seriam as exigências para o regresso do modelo às operações.

 

Após a ANAC Brasil informar que o Boeing 737 MAX está autorizado a voar no Brasil, a GOL Linhas Aéreas, informou que vai iniciar todos os procedimentos necessários para retomar os seus voos.

De referir que, a companhia tem actualmente sete unidades Boeing B737 Max na sua frota, estando armazenadas no  Aeroporto de Confins.

A GOL informou que “a decisão da ANAC, confirmando a adoção da Diretriz de Aeronavegabilidade da FAA, é um marco muito importante para a GOL em sua retomada de operações com o Boeing 737 MAX. A Companhia agradece e reconhece o incansável trabalho da ANAC em todo este período, principalmente dos 20 profissionais que participaram do processo de recertificação da aeronave por meio da Junta de Reguladores.”

A empresa também informou que participou em todas as etapas de validação das modificações do projecto, e agora está focada nas etapas de preparação das aeronaves “com toda a Segurança, que é e sempre será o valor número 1 da companhia.”

Ainda segundo a GOL, nos próximos dias, como um dos requisitos exigidos antes do regresso ao serviço do Boeing 737 MAX, serão realizados voos técnicos sem passageiros com cada uma das 7 aeronaves da GOL, que serão acompanhados pela ANAC e pela fabricante.