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Groundforce implementa medidas para fazer face à pandemia e garante todos os postos de trabalhos

 

A Groundforce Portugal, em comunicado, indica que vai recorrer às medidas excepcionais e temporárias disponibilizadas pelo Governo no apoio à recuperação económica das empresas com vista a assegurar a protecção da manutenção dos postos de trabalho.

A decisão foi apresentada ontem pela Comissão Executiva aos representantes de todos os Sindicatos – SIMA, SINTAC, SQAC, SITAVA, STAMA, STHA e STTAMP – e comunicada a todos os trabalhadores.

Fortemente afectada pela paragem de quase toda a toda a frota TAP durante todo o mês de Abril, somando o decréscimo abrupto ocorrido em todas as escalas onde opera e verificado também nas outras companhias aéreas que a Groundforce Portugal presta serviço, a empresa adoptará as seguintes medidas:

Assim, foram tomadas as seguintes medidas:

– 324 colaboradores (11,4% do total) ficarão a garantir as operações diárias, na EGE e nas Operações em cada escala, sem redução no seu salário;

– 2.425 colaboradores (85,6% do total) ficarão em Suspensão Temporária da Prestação de Trabalho ao abrigo do layoff simplificado e receberão todos, sem exceção 2/3 das remunerações fixas mensais;

– 55 colaboradores (1,9% do total), das áreas de suporte e chefias operacionais, ficarão em 15% de redução do período normal de trabalho;

– 14 colaboradores (0,5% do total), das áreas de suporte, ficarão em redução do período normal de trabalho, variável em função das necessidades operacionais e receberão 2/3 das remunerações fixas mensais.

– Os Diretores da empresa ficarão em 20% de redução do período normal de trabalho e os administradores Executivos, voluntariamente, propuseram uma redução de 30% da sua remuneração.

Para a apresentação destas medidas foi convocada a Comissão de Trabalhadores que não compareceu na reunião conjunta entre a Administração da Groundforce Portugal e todos os Sindicatos (SIMA, SINTAC, SQAC, SITAVA, STAMA, STHA e STTAMP), bem como na reunião de 20 de Março. Ambas tinham como objectivo traçar o futuro e a recuperação da empresa.

A Groundforce e todos os Sindicatos (SIMA, SINTAC, SQAC, SITAVA, STAMA, STHA e STTAMP) demonstram total disponibilidade para, futuramente, acolher a Comissão de Trabalhadores para contribuírem para a recuperação da empresa.

Para Paulo Neto Leite “Esta é uma decisão difícil, mas necessária para a manutenção da empresa e que garante a protecção dos nossos colaboradores, que são o nosso maior activo, e que tem como finalidade manter a família Groundforce unida e intacta face aos danos e consequências decorrentes deste surto. Estamos a viver uma crise mundial sem precedentes que afecta, simultaneamente, a saúde pública, e de uma forma muito agressiva, a economia nacional e o nosso negócio. Dos 19.840 movimentos previstos para o mês de Abril, para os quais a empresa tinha dimensionado a operação em equipamentos e recursos humanos, apenas serão realizados 778. Esta situação implica uma redução de 96% na atividade da Groundforce”.

A Groundforce salienta ainda que existem vários aeroportos onde a empresa está a operar que não tem previsto qualquer voo. No entanto, por prestar um serviço público terá sempre de garantir uma capacidade operacional permanente para qualquer eventualidade.

As medidas irão vigorar a partir de 3 de Abril, por um período de 30 dias (que poderá ser alargado) e permitem garantir que os postos de trabalho, para todos as funções e cargos, estão assegurados