Os casos com os helicópteros de emergência levaram dois presidentes do INEM a apresentar demissão e o contrato por ajuste direto por 12 milhões de euros corre o risco de ser chumbado pelo Tribunal de Contas.
Esta semana, na comissão da saúde, a ministra Ana Paula Martins alertou que é preciso refundar o Instituto de Emergência médica.
No final de junho, o INEM adiantou que os serviços dos helicópteros continuariam a ser assegurados pela empresa Avincis por ajuste direto.
A ministra não compreendeu por que razão o INEM não abriu concurso público internacional e esta quarta-feira, na comissão de saúde, Ana Paula Martins, disse que era preciso refundar o instituto.
Uma das soluções para o INEM poderá envolver os helicópteros da Força Aérea Portuguesa. Para o novo plano aéreo que o país quer na emergência pré-hospitalar os novos Black Hawk são uma opção. O país já tem dois dos seis aparelhos comprados com fundos comunitários para o combate a incêndios. Mas, a versatilidade dos aparelhos permite à Força Aérea adaptar a missão, que além destes helicópteros, tem também os Koala, mais pequenos, e não descarta a utilização de aviões com asa fixa.
Recentemente o Estado-Maior da Força Aérea já começou a questionar os aeródromos e heliportos sobre as cartas de aproximação, a referência de obstáculos nas imediações e as condições da estrutura.
O trabalho de levantamento destes dados serve de base para as cartas militares com que os voos de Estado se realizam, porque, caso se confirme a entrada da Força Aérea para o apoio na emergência pré-hospitalar, as regras de voo deixam de ser civis e passam a ser militares.
O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea não escondeu nos últimos dias a abertura para uma nova missão, que na verdade não é desconhecida. De sublinhar que este é um trabalho que a FAP realiza nas Ilhas.