A NAV Portugal, responsável pelo controlo do tráfego aéreo, indicou que o aeroporto de Lisboa “é antigo” e que não evoluiu em termos de capacidade, levando a atrasos, constrangimentos que devem ser pensados na escolha do novo aeroporto.
“O aeroporto de Lisboa é antigo […] e está, segundo dados de janeiro, no 17.º lugar entre os que têm, no enquadramento europeu, mais movimento”, apontou a chefe da torre de controlo de tráfego aéreo de Lisboa, Cristina Lima, na Conferência Internacional de Controlo de Tráfego Aéreo.
Durante a sua intervenção na conferência, promovida pela Associação portuguesa dos Controladores de Tráfego Aéreo (APCTA), a responsável da NAV notou que a infraestrutura não evoluiu em termos de capacidade, sendo que, em 2019, já tinha 88% da sua capacidade ocupada.
“À medida que a capacidade foi sendo ocupada, os atrasos foram aumentando. Em termos de constrangimentos no aeroporto de Lisboa, [destaco] que este é circundado por um espaço aéreo restritivo”, indicou.
Cristina Lima alertou assim para a necessidade de ter “muito presentes” todos os constrangimentos da atual infraestrutura na escolha do novo aeroporto.
“Para os próximos anos de retoma, temos que encarar de frente que a solução de futuro, que está a ser estudada, não vai acontecer num ano ou dois. Vamos ter que trabalhar arduamente, em colaboração com todos os ‘stakeholders’ [partes interessadas], quer ao nível de procedimentos de controlo de trafego, otimização de procedimentos aeroportuários, das várias companhias e da gestão da sua frota”, concluiu.