A Norwegian viu as autoridades da Noruega a autorizarem a compra da companhia aérea regional Wideroe, um negócio que foi anunciado em julho deste ano por um valor de aproximadamente 110 milhões de dólares, cerca de 96,6 milhões de euros.
A Noruega protege assim as marcas nacionais do seu setor aéreo, deixando a Norwegian, de bandeira norueguesa, e a SAS, companhia transnacional (Dinamarca, Suécia e Noruega) em competição no mercado norueguês.
A Wideroe, uma das companhias aéreas regionais mais antigas do mundo, continuará a operar como uma entidade independente, preservando a sua marca, equipa e acordos existentes, quer laborais, quer comerciais com outras entidades.
Geir Karlsen, presidente executivo (CEO) da Norwegian, expressou satisfação com a aprovação e destacou que a aquisição beneficiará os clientes, oferecendo uma variedade de rotas e opções. A fusão das duas companhias visa melhorar a eficiência operacional e contribuir para o desenvolvimento contínuo da aviação na Noruega.
A companhia aérea opera quase exclusivamente turboélices De Havilland Dash 8 com uma frota de cerca de cinquenta aeronaves, embora também possua três modelos Embraer 195-E2 de última geração.
A rede de serviços da Widerøe é composta por rotas muito curtas com pequenos aviões, tornando-a num negócio lucrativo, uma vez que as tarifas são elevadas.
Esta compra significa que a Norwegian deixa de ter cerca de um terço dos assentos que saem da Noruega para Europa, passando para mais de metade do mercado, ultrapassando a quota bem acima da SAS Airlines.
Alguns analistas apontam que o objetivo da Norwegian na aquisição da Widerøe é ajudar a subsidiar a empresa durante os meses de inverno, ao mesmo tempo que faz com que o governo norueguês subsidie toda a operação durante todo o ano, como acontece hoje com a Widerøe.
A Norwegian poderia ter obtido uma associação em vez de uma fusão absoluta, preferiu mostrar-se como controladora da companhia aérea regional, por saber que atualmente tem um acordo com a empresa SAS Airlines.