A TAP anunciou ter adiado o relançamento dos voos para a Rússia, previsto para o verão, devido à guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, prevendo ainda assim um verão com mais de 85% de capacidade operacional.
“Tínhamos previsto relançar a nossa rota para a Rússia e decidimos adiá-la e vamos de novo considerá-la no próximo ano. Isto é algo que mudámos completamente no nosso calendário de verão”, declarou a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, em declarações à margem da Cimeira da Aviação 2022 organizada pela Airlines for Europe (A4E), a maior associação de companhias aéreas na União Europeia.
A TAP Portugal chegou a voar diariamente entre o Aeroporto Internacional Humberto Delgado, em Lisboa, e o Aeroporto Internacional de Moscovo/Domodedovo, na Rússia.
Falta saber se no futuro será alguma vez possível devido a todas as sanções impostas e que tão cedo não deverão ser levantadas.
Para este verão, a responsável disse prever, ainda assim, uma temporada na qual a TAP irá “alcançar mais de 85% da capacidade”.
“Estamos a aumentar a nossa operação. É desafiante porque temos de preparar todas as partes interessadas, os aeroportos, as fronteiras, tráfego, entre outras coisas, e tudo está a ser preparado”, referiu Christine Ourmières-Widener.
De acordo com a responsável, devido às recentes vagas de covid-19 causadas pela variante Ómicron do SARS-CoV-2 e pela “tragédia da Ucrânia”, o pico desta temporada “será um pouco mais tarde este ano”, talvez “no final de maio”.
Ainda devido à guerra, “adotámos várias iniciativas relativas à guerra, como com voos de carga, com grande cooperação com o Governo” português, avançou Christine Ourmières-Widener.
Mantida é, para já, a rota da TAP para a Polónia, “que fazemos numa base diária e à qual estamos a adicionar capacidade através de voos ‘charter’”, acrescentou.
“Não voamos para a Ásia e não tínhamos planos para o fazer e, por isso, não temos o mesmo impacto que outras companhias aéreas, como a Finnair”, adiantou Christine Ourmières-Widener.