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TAP e Cabo Verde Airlines alertam para possíveis cancelamentos / atrasos de voos para Cabo Verde


 

A TAP e a Cabo Verde Airlines alertaram os seus passageiros para possíveis cancelamentos / atrasos de voos para Cabo Verde, devido à baixa visibilidade provocada pela bruma seca.

A TAP nas suas redes sociais indicou: A operação aérea de/ para Cabo Verde, em especial para as ilhas da Boavista e S. Vicente, está a ser afetada por condições de visibilidade reduzida, provocadas por ventos que transportam areia e poeiras do Sahara.

Estas condições deverão manter-se nos próximos dias. Aconselhamos assim os nossos passageiros a consultar o estado do seu voo em () antes de se dirigirem para o aeroporto.

Mensagem semelhante foi divulgada pela  Cabo Verde Airlines: Informamos aos nossos passageiros que a operação aérea de e para Cabo Verde, em especial para a ilha de São Vicente, está condicionada devido às condições de visibilidade reduzida, que deverão manter-se nos próximos dias.

Aconselhamos aos nossos passageiros que antes de se dirigirem ao Aeroporto, consultem o email a fim de verificarem o estado do seu voo.

Qualquer dúvida, não hesitem em entrar em contato com o nosso customer service via email (customer.service@caboverdeairlines.com) ou através da vossa agência de viagens.

Por exemplo, no passado dia 25 de janeiro, o voo VR611 entre Lisboa e São Vicente divergiu para Faro depois de ser decido que não haveria condições de aterragem, quando voava perto das ilhas espanholas.

A Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança (ASA) de Cabo Verde indicou que devido ao mau tempo provocado pelo fenómeno bruma seca as ligações aéreas entre ilhas estão canceladas.

“Nos últimos dias, como é habitual nessa época do ano, temos registado a presença de bruma seca no País, o que impacta significativamente as condições atmosféricas, designadamente a visibilidade, com registos de visibilidade de 700 metros e, consequentemente, afeta a normalidade das operações aéreas nos aeroportos nacionais, originando divergências e até mesmo cancelamentos de voos”, lê-se na nota de imprensa.

De acordo com informações avançadas pelo serviço de informações da ASA, os três aeródromos domésticos, pelos seus condicionalismos infra-estruturais, operam somente em condições meteorológicas visuais, pelo que, apenas podem receber voos quando a visibilidade estiver a cinco mil metros ou acima.

No que se refere aos aeroportos internacionais, indica que estes já estão preparados para operarem em condições meteorológicas em que não haja a referência visual, pois dispõem de determinados equipamentos de apoio à navegação, que garantem a segurança necessária aos voos.

Sublinha também, que fortes investimentos têm sido feitos, em equipamentos/sistemas e procedimentos de voos para melhorar a qualidade dos serviços prestados e aprimorar a eficiência e a segurança das operações aéreas nos referidos aeroportos.

Informam que os equipamentos diferem de aeroporto para aeroporto, sendo que no caso do Aeroporto do Sal, está implementado um Sistema ILS (Instrument Landing System) que é, efetivamente, um dos sistemas que garante melhor precisão à operação e segurança das aeronaves.

Este sistema instalado no Aeroporto do Sal permite que mesmo em situações de visibilidade muito baixa (até ao mínimo de 550 metros) os aviões consigam aterrar neste aeroporto.

No Aeroporto da Praia, realça a nota, está instalado outros tipos de equipamentos de apoio à navegação (VOR/DME VHF Omnidirectional Range/Distance Measuring Equipment), sem a precisão do ILS, mas que também permite operações em situações de ausência de referência visual.

“Recentemente, foram implementados neste aeroporto procedimentos de voo com base em satélite (procedimentos GNSS), que permitem operações em condições de visibilidade ainda mais baixas do que as permitidas por VOR/DME Efetivamente com os procedimentos GNSS, pode-se operar no Aeroporto da Praia em situações de visibilidade de 1.100 metros (situação que, pelo histórico, ocorre muito raramente)”, realça.

No Aeroporto da Boavista, destaca a ASA, além de outros equipamentos existentes desde sempre nesse aeroporto, foram também implementados desde 2017 procedimentos de voo com base em satélite (procedimentos GNSS).

Já no Aeroporto de São Vicente, esclarece que também foram implementados procedimentos GNSS desde 2017, mas que esses procedimentos não tiveram o mesmo impacto que no Aeroporto da Boavista, devido à diferença da orografia (montanhas) à volta dos dois aeroportos.

Sustenta ainda a ASA que para retirar o maior proveito de qualquer sistema ou procedimento de voo, há um conjunto de condições de segurança que devem ser cumpridas, designadamente determinadas áreas de segurança que devem estar livres de qualquer obstáculo.

Face a isso, explicam que no aeroporto de São Vicente, “infelizmente”, há um conjunto de obstáculos naturais (terrenos) que perfuram as áreas de segurança necessárias para realização de voos em condições de visibilidade abaixo de 2.400 metros.