A TAP confirmou esta sexta-feira os rumores que já vinham circulando na imprensa: a companhia aérea registou prejuízos de 118 milhões de euros no ano passado, sendo que no mesmo período do ano anterior tinha registado lucros de 21 milhões de euros.
“Tivemos um prejuízo líquido consolidado de 118 milhões de euros […]. Os resultados vão além do prejuízo, já que a empresa não causa impacto somente através do seu resultado financeiro”, disse o presidente da Comissão Executiva da TAP, Antonoaldo Neves, que falava aos jornalistas, em Lisboa.
Apesar do resultado negativo, “não comprometeu o nosso futuro. Permitiu continuar a preparar o futuro da TAP”, avançou ainda. Já o presidente executivo do grupo, Antonoaldo Neves, apontou que “em 2018, a TAP superou desafios das receitas e conseguimos imprimir agenda de transformação e reestruturação da companhia”.
A deterioração das contas foi atribuída pela os atrasos e as consequentes indemnizações a pagar aos passageiros, com o impacto da subida do petróleo e a valorização do kwanza e do real ao longo de 2018, influenciando alguns dos mercados mais relevantes para a TAP. Segundo o presidente executivo da companhia, a evolução do câmbio do real , por exemplo, fez com que a receita no Brasil, em euros, tivesse caído 10% ao longo do ano.
A TAP fechou o ano passado com um total de 3,25 mil milhões de euros de receitas, que compara com os 2,98 mil milhões de 2017, tendo transportado um total de 15,8 milhões de passageiros, mais 1,5 milhões que no ano anterior.
Em termos de receita com venda de passagens, destaca-se o forte crescimento obtido pela TAP no segmento “Açores e Madeira”, onde a companhia aérea vendeu mais 14%, o crescimento relativo mais significativo entre todos os segmentos geográficos onde a empresa opera.