As autoridades venezuelanas prolongaram, por tempo indeterminado, as restrições às operações aéreas internacionais em vigor no país.
Esta decisão é tomada devido à quarentena preventiva da covid-19, tendo o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) venezuelano informado o público em geral, exploradores aéreos e agentes de viagem que continuam as restrições às operações aéreas da aviação comercial, aviação geral e privada de e para o país.
O objectivo destas restrições é “garantir a saúde dos cidadãos que residem na Venezuela, através de políticas que permitam mitigar os efeitos ocasionados pela pandemia gerada pela covid-19”, salientou.
O INAC acrescentou que “de maneira excepcional” estão apenas autorizadas “as operações aéreas comerciais para o transporte de passageiros, carga e correio” entre a Venezuela e a Turquia, o México, o Panamá, a República Dominicana, a Bolívia e a Rússia.
Por outro lado, o organismo regulador aéreo venezuelano pediu aos operadores aéreos e agências de viagens que não vendam passagens para outras rotas e aos cidadãos em geral para não comprarem viagens para destinos não autorizados; “Apelamos aos operadores aéreos e às agências de viagem a não comercializar bilhetes para rotas distintas às aprovadas pelo Executivo Nacional. Também aos cidadãos em geral a não adquirir bilhetes de avião para rotas distintas às autorizadas”.
O INAC não precisou durante quanto tempo estará em vigor esta medida, ao contrário dos anúncios sobre restrições às operações aéreas, normalmente válidos por 30 dias.
A restrição às operações aéreas na Venezuela começou em 12 de março de 2020, primeiro com os voos provenientes da Europa e da Colômbia, e depois a nível global, com o propósito de travar a pandemia da covid-19 no país.
Internamente, a Venezuela permite a realização de voos comerciais durante os dias de quarentena flexibilizada.
Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo e actualmente tem um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.
O INAC começa por explicar que “continuam as restrições às operações da aviação comercial, aviação geral e privada, desde e para a Venezuela” e justifica a medida com o cumprimento das diretrizes do governo, para “garantir a saúde dos cidadãos que residem no país, através de políticas que permitam atenuar os efeitos (locais) gerados pela pandemia da covid-19”.
Segundo o INAC “de maneira excecional, são autorizadas as operações aéreas comerciais para o transporte de passageiros, carga e correio, entre a Venezuela e os países irmãos da Turquia, México, Panamá, República Dominicana, Bolívia e Rússia”.
Em setembro houve uma reunião entre representantes da TAP e a administração do INAC “em função de negociar as condições para que a empresa volte a operar para o país (Venezuela)”.
Na altura a TAP tinha esperança de poder retomar os seus voos entre Lisboa e Caracas em dezembro, com uma operação aérea semanal, estando à espera de que as autoridades venezuelanas autorizem essa ligação.